Cervicalgia e lombalgia: principais causas e como tratar

A dor na coluna pode afetar diferentes regiões, sendo mais comum no pescoço e na lombar. Essas dores, conhecidas como cervicalgia e lombalgia, podem ter diversas causas e, em alguns casos, impactar a qualidade de vida do paciente. Entender os motivos desse desconforto e saber como tratá-lo é essencial para prevenir crises e evitar complicações.

Tanto a cervicalgia quanto a lombalgia podem ser causadas por tensão e sobrecarga na musculatura, inflamações, compressão de nervos, alterações nos discos intervertebrais e nas articulações do pescoço. Em ambas as situações, a dor pode variar de leve a intensa e, em alguns casos, irradiar para outras partes do corpo, como ombros, braços ou pernas.

O diagnóstico é feito a partir da história clínica e do exame físico, avaliando a característica e intensidade da dor, sua duração, fatores de piora e melhora, e a presença de outros sinais e sintomas de alarme. Se necessário, exames de imagem podem ser solicitados para investigar possíveis alterações estruturais da coluna.

O tratamento depende da causa da dor, mas a maioria dos casos melhora sem necessidade de procedimentos ou cirurgia. Medidas como fisioterapia, fortalecimento muscular, uso de medicamentos para alívio da dor e mudanças nos hábitos diários costumam ser eficazes. Em situações mais graves, quando há compressão nervosa ou dor persistente, podem ser indicados procedimentos minimamente invasivos como bloqueios, radiofrequência, ou cirurgias por vídeo ou abertas.

Além do tratamento, a prevenção é fundamental. Manter a musculatura forte, praticar atividades físicas regularmente e evitar sobrecarga na coluna são atitudes que ajudam a reduzir o risco de crises de dor. Caso os sintomas persistam, é importante buscar orientação médica especializada para evitar que o problema se agrave.

Dor na coluna: quando procurar um especialista?

A dor na coluna é uma queixa muito comum na população e, na maioria das vezes, não representa um problema grave. No entanto, há situações em que essa dor pode ser um sinal de alerta para doenças que precisam de atenção médica especializada. Saber quando procurar um especialista é essencial para evitar complicações e garantir um tratamento adequado.

Dores na coluna que persistem por mais de seis semanas, pioram progressivamente ou atrapalham as atividades do dia a dia devem ser avaliadas. Além disso, sintomas como dor que irradia para as pernas ou braços, sensação de formigamento, choque, facada, dormência, perda de força nos braços ou pernas, ou dificuldades para caminhar podem indicar um problema mais sério, como compressão de nervos. Outros sinais preocupantes incluem perda de peso inexplicada, febre, dor localizada e intensa, que podem estar relacionados a infecções ou outras doenças mais graves.

É importante diferenciar dores musculares de problemas estruturais da coluna. As dores musculares costumam ser mais inespecíficas, relacionadas a esforço físico ou tensão, e melhoram em poucos dias, mesmo sem tratamento. Já as dores causadas por alterações estruturais, como hérnia de disco ou estreitamento do canal vertebral, tendem a ter um padrão mais específico de localização e distribuição, são mais persistentes e podem vir acompanhadas de outros sintomas, como perda de sensibilidade ou dificuldade de movimento.

O diagnóstico correto depende de uma boa avaliação médica, que inclui um exame físico detalhado e, quando necessário, exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética ou tomografia. A partir dessas informações, o especialista pode indicar o melhor tratamento para cada caso.

A minoria dos casos de dor na coluna necessitará de cirurgia. A maioria dos pacientes melhora com medidas conservadoras, como fisioterapia, fortalecimento muscular e medicamentos para controle da dor. No entanto, em casos mais graves, nos quais há compressão nervosa grave, instabilidade, deformidades, associados à perda de função, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários.

O mais importante é não ignorar os sinais de alerta. Procurar um especialista no momento certo pode fazer toda a diferença na recuperação e na qualidade de vida.

Hérnia de Disco: Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos Eficazes

A hérnia de disco é uma das causas de dor na coluna e pode afetar tanto a região do pescoço quanto a lombar. Ela ocorre quando o amortecedor que existe entre as vértebras, chamado de disco intervertebral, sofre um desgaste e uma parte dele se desloca do local habitual, podendo comprimir nervos próximos. Esse problema pode causar dor intensa na coluna, formigamento, dormência e, em alguns casos, até fraqueza muscular nos braços ou pernas, dependendo da localização da hérnia.

O diagnóstico da hérnia de disco é feito a partir da avaliação clínica detalhada com uma boa entrevista e exame físico, sendo complementado por exames de imagem como a radiografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada. Esses exames permitem visualizar a hérnia e verificar se há compressão das estruturas nervosas, se há lesões ósseas ou calcificadas, se há instabilidade ou deformidades, ajudando a definir o melhor tratamento para cada caso.

O tratamento quase nunca exige cirurgia. A maioria dos pacientes responde bem com medidas de baixa complexidade, como a fisioterapia, o uso de medicamentos para alívio da dor, fortalecimento muscular e outros exercícios.

Em casos mais graves, nos quais há compressão grave e aguda dos nervos ou sintomas persistentes, pode ser indicada um bloqueio do nervo em sofrimento com anestésico e corticoide, ou mesmo um procedimento cirúrgico.

Para prevenir as crises de dor é fundamental manter hábitos saudáveis no dia a dia, como evitar carregar peso excessivo de forma inadequada e repetitiva, praticar atividades físicas que fortaleçam a musculatura das costas e do abdômen e manter um peso corporal adequado. Caso os sintomas apareçam e persistam, é importante buscar avaliação médica de um especialista o quanto antes para evitar complicações.

Dor pélvica crônica em mulheres

A dor pélvica crônica é um problema comum entre mulheres em idade fértil, que pode afetar até 25% delas.

Essa condição é definida como uma dor persistente na região pélvica que dura de três a seis meses ou mais. As causas podem variar: desde condições conhecidas, como a endometriose, até dores sem causa aparente, como em casos de síndrome de dor nociplástica. Essa dor pode afetar não apenas a área pélvica, mas irradiar para outras regiões, como a barriga e as coxas, e impactar a qualidade de vida, causando sintomas urinários, intestinais e até alterações emocionais, como humor deprimido.

O diagnóstico da dor pélvica crônica começa com uma avaliação médica cuidadosa, que inclui o histórico médico da paciente, exames físico minucioso e se necessário exames específicos para investigar possíveis causas. A dor pode ser provocada por problemas nos músculos, órgãos pélvicos ou até mesmo por alterações no processamento da dor pelo sistema nervoso. Em alguns casos, exames de imagem ou até uma laparoscopia (procedimento cirúrgico minimamente invasivo) podem ser recomendados para investigar mais a fundo, especialmente quando há suspeita de condições como endometriose ou aderências.

O tratamento pode incluir medicamentos para controle da dor, fisioterapia, acupuntura, e até intervenções cirúrgicas, dependendo da causa identificada.

Quando a causa não é clara, o foco do tratamento passa a ser o alívio dos sintomas e a melhora da qualidade de vida. Além de tratamentos farmacológicos, técnicas não medicamentosas, como terapia cognitivo-comportamental e exercícios físicos também podem ser essenciais. Em casos mais graves, quando a dor persiste, pode ser necessário um acompanhamento especializado com médico especialista em intervenções para dor a fim de ajustar as abordagens terapêuticas e se necessário realizar tratamentos minimamente invasivos para controle dos sintomas, como bloqueios, radiofrequência de nervos ou até mesmo estimulação medular.

Alleviare, viva com mais liberdade.

Estenose de canal lombar

A estenose do canal lombar é um estreitamento do canal vertebral, que pode afetar a medula espinhal ou as raízes nervosas. Ela pode ser causada por diversas condições, sendo a mais comum a espondilose degenerativa (envelhecimento da coluna), que geralmente ocorre em pessoas com mais de 60 anos. Esse estreitamento pode prejudicar o funcionamento dos nervos, levando a sintomas como dor, perda de sensibilidade e fraqueza nas pernas, especialmente ao caminhar ou ficar em pé por muito tempo.

A principal manifestação clínica da estenose de canal lombar é a claudicação neurogênica, que é uma dor intermitente nas pernas, muitas vezes acompanhada de fraqueza ou sensação de formigamento. Esses sintomas ocorrem devido à compressão das raízes nervosas na região lombar. Em casos mais graves, a lesão nos nervos pode levar a condições mais sérias, como a síndrome da cauda equina, que pode afetar o controle da bexiga, da defecação e dos movimentos das pernas.

O diagnóstico da estenose de canal lombar geralmente é feito por meio de exames de imagem, como a ressonância magnética da coluna lombar. Em alguns casos, outros testes, como Doppler de membros inferiores ou eletroneuromiografia, podem ser necessários para descartar outras doenças com sintomas semelhantes. Além disso, é importante diferenciar a claudicação neurogênica de outros problemas, como a claudicação vascular, que tem causas relacionadas à circulação sanguínea.

O tratamento inicial para esse problema é com fisioterapia e medicamentos para a dor. Esses tratamentos podem ser eficazes em boa parte dos pacientes. Em casos mais graves, em que os sintomas não melhoram com o tratamento inicial ou há risco de danos neurológicos, pode ser indicada a cirurgia. O tipo de cirurgia vai depender do quadro clínico e radiológico do paciente, sendo a laminectomia descompressiva uma das opções mais comuns, pois apresenta menos complicações em comparação com outros procedimentos mais complexos.